05 julho 2008
VIDA ATUAL DE PROFESSORA
A professora banhou-se rápido, pegou suas anotações e a chave do carro, saiu mastigando um lanche. As ruas do Zona Leste da Capital estavam como sempre congestionadas de veículos, motos e gente. Chegou na escola no horário, mal dando tempo para estacionar corretamente o seu veículo. O guarda abriu o portão como sempre faz e a cumprimenta da mesma forma,com um boa noite. No corredor algumas alunas exibindo piercings no umbigo à vista e espalhados pelo rosto. Riram com a passagem da professora, que fingiu não ouvir, seguindo seu caminho. Num cantinho escuro um casal de jovens beijavam-se acintosamente agarrados um ao outro. No interior da escola as paredes ganharam pixações novas. As portas invariavelmente quebradas não conseguem ficar fechadas. A professora entra em sua sala. As lâmpadas do fundo da sala estão quebradas. Alguns alunos fizeram isso para que possam cheirar cocaína em paz sobre as carteiras. Foram mais de duas horas de aula. Ela retorna para casa exausta com a impressão de que seu dia andou. Para a Menina Enciclopédia, embora reconheça que não foi bem assim, mas, que diferença faz ?
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2 comentários:
nossa... que lindo!!! amei...
sobre obras de arte! estou lendo um teórico da história da arte que diz: "não existe arte, só artistas..." (gombrich) - com esta frase, ele quer dizer exatamente o que vc comentou no meu blog, que cada olhar sobre a obra é cheio de subjetividades, e cada um tem o seu olhar... daí o gostar ou não gosta de acordo com seus valores subjetivos... portanto, quem sou eu, ou quem somos nós para criticar uma obra?! por isso odeio saídas de cinema, de teatros, de shows... certos estão os índios que ao terem uma experiência "artística" se retiram para suas ocas para pensar... hehehehehehe
vou me retirar para pensar no seu texto!
beijos e saudades!!!
minhas desventuras viraram inspiração? rss que bom, pelo menos chegou bem perto ;)
e espero que o dia desses alunos um dia ande e não retroceda :)
beijos!
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