04 outubro 2008
A DEMOCRACIA
Fim da campanha eleitoral de 2008. A expressão de cansaço no rosto depois de alguns comícios no mesmo dia. Muitos discursos, apertos de mão, caminhadas e muita conversa. A democracia pode ter seus defeitos, mas ainda é o melhor caminho para a convivência social. Nenhum político assume suas funções numa Câmara Municipal ou num cargo Executivo sem que passe pelo crivo do voto popular. Na segunda-feira, dia 6 de outubro muitos partidários estarão felizes e outros tristes, mas a vida vai continuar com os seus acertos e erros. Na foto a candidata a Prefeita Edna Martins pelo PT de Araraquara.
28 setembro 2008
A DEFUNTA - UM NOVO CURTA-METRAGEM
Começaremos filmar na 2ª quinzena de outubro mais um novo curta. Será muito divertido como os outros. A história é do Binho Jr. Veja como ficou o roteiro:
A DEFUNTA
CENA 1
Corredor com coroas de flores. À frente uma mesa e dois homens vestindo terno e gravata. Eles estão cabixbaixos, movimentando-se de um lado para o outro. Ao fundo do corredor aparece uma moça trajando tailleur azul. Ela caminha em direção à mesa e aos homens. Está com um caderno de anotações na mão. Ela pára em frente à mesa e aos homens.
CENA 2
M0ÇA
Devo maquiá-la ?
PERSONAGEM 1
Maquiá-la quem ?
MOÇA
A defunta senhor.
PERSONAGEM 1
Maquiar!? Você não vai deixá-la fazer isto, né ?
PERSONAGEM 2
Não sei, eu gostava de quando ela se maquiava. Tão lindinha.
PERSONAGEM 1
Pare de bobagem homem, ela só fazia isso porque você insistia. Pobre coitadinha.
PERSONAGEM 2
Ai que saudades.
M0ÇA
Devo maquiá-la, portanto ?
PERSONAGEM 1
Sim! Mas não exagere.
M0ÇA
Mais uma pergunta. O vestido que vocês trouxeram é bastante decotado, penso que, por pressa talvez tenham pego a vestimenta errada.
PERSONAGEM 2
Odeio gente metida a besta ....
PERSONAGEM 1
Calma meu amor, ela só está fazendo o trabalho que lhe cabe.
PERSONAGEM 2
Não erramos querida. O vestido é decotado mesmo. Ela tinha .... melhor, tem um corpo lindo.
PERSONAGEM 1
Não me lembre. Que tristeza.
M0ÇA
Com licença.
CENA 3
A moça se afasta virando o corredor. Os dois personagens ficam andando de um lado para o outro. Assim que a moça vira o corredor, o diálogo entre os personagens continua.
PERSONAGEM 2
O que vamos fazer agora?
PERSONAGEM 1
Como assim ?
PERSONAGEM 2
Você sabe.
PERSONAGEM 1
Não ! Nao sei. Por Deus ! Ela mal esfriou.
PERSONAGEM 2
Ora, vamos, não me trate assim. Não me entenda mal. Parece que não me conhece. A dor é tanta. Ninguém poderia substituí-la.
PERSONAGEM 1
Era uma santinha.
PERSONAGEM 2
Era sim.
PERSONAGEM 1
Oh ....
PERSONAGEM 2
Não chore.
PERSONAGEM 2
Você lembrou de lhes pedir para que pintassem as unhas dela de vermelho ?
PERSONAGEM 1
Amor, aceitei a maquiagem e também o vestido decotado. Unhas vermelhas não. Isto continua sendo um velório.
PERSONAGEM 2
Mas de unhas vermelhas ela gostava.
PERSONAGEM 1
Ela sempre fazia as suas vontades.
PERSONAGEM 2
Acho que você a amava mais do que ama a mim.
PERSONAGEM 1
Não é verdade.
PERSONAGEM 2
Não ?
PERSONAGEM 1
Não !
PERSONAGEM 2
Lembra do dia que a conhecemos ?
PERSONAGEM 1
Estava um dia tão bonito.
PERSONAGEM 2
Estava.
PERSONAGEM 1
Quem se apaixonou primeiro ?
PERSONAGEM 2
Pare de bobagem. Isto não é um campeonato.
PERSONAGEM 1
Você sempre implicando comigo !
PERSONAGEM 2
Vi seus olhos brilharem quando ela chegou perto.
PERSONAGEM 1
Também percebi o seu sorriso.
PERSONAGEM 2
Eu gostava do jeito que ela falava de teus olhos.
PERSONAGEM 1
E eu, quando ela comentava sobre suas mãos.
PERSONAGEM 2
Ela contou cada pinta do seu corpo.
PERSONAGEM 1
E do seu também.
PERSONAGEM 2
Aprendeu a cozinhar só para te ver batendo palmas quando a comida chegava à mesa.
PERSONAGEM 1
Você tinha ciúmes.
PERSONAGEM 2
Não sei.
PERSONAGEM 1
Tem ?
PERSONAGEM 2
Pare.
PERSONAGEM 1
Responda.
PERSONAGEM 2
Pare, por favor.
PERSONAGEM 1
Eu a amava e amo você.
PERSONAGEM 2
Eu também te amo e a amava.
PERSONAGEM 1
Acho que nunca dissemos isto um para o outro.
CENA 4
Aparece a moça no corredor da mesma forma da cena inicial. Aproxima dos personagens com o caderno à mão. Encara-os.
M0ÇA
Senhores, o que devo escrever na faixa de condolências ?
CENA 5
Os personagens se entreolham, depois virando-se para a moça dizem em uníssono:
personagens
Nos amamos.
F I M
A DEFUNTA
CENA 1
Corredor com coroas de flores. À frente uma mesa e dois homens vestindo terno e gravata. Eles estão cabixbaixos, movimentando-se de um lado para o outro. Ao fundo do corredor aparece uma moça trajando tailleur azul. Ela caminha em direção à mesa e aos homens. Está com um caderno de anotações na mão. Ela pára em frente à mesa e aos homens.
CENA 2
M0ÇA
Devo maquiá-la ?
PERSONAGEM 1
Maquiá-la quem ?
MOÇA
A defunta senhor.
PERSONAGEM 1
Maquiar!? Você não vai deixá-la fazer isto, né ?
PERSONAGEM 2
Não sei, eu gostava de quando ela se maquiava. Tão lindinha.
PERSONAGEM 1
Pare de bobagem homem, ela só fazia isso porque você insistia. Pobre coitadinha.
PERSONAGEM 2
Ai que saudades.
M0ÇA
Devo maquiá-la, portanto ?
PERSONAGEM 1
Sim! Mas não exagere.
M0ÇA
Mais uma pergunta. O vestido que vocês trouxeram é bastante decotado, penso que, por pressa talvez tenham pego a vestimenta errada.
PERSONAGEM 2
Odeio gente metida a besta ....
PERSONAGEM 1
Calma meu amor, ela só está fazendo o trabalho que lhe cabe.
PERSONAGEM 2
Não erramos querida. O vestido é decotado mesmo. Ela tinha .... melhor, tem um corpo lindo.
PERSONAGEM 1
Não me lembre. Que tristeza.
M0ÇA
Com licença.
CENA 3
A moça se afasta virando o corredor. Os dois personagens ficam andando de um lado para o outro. Assim que a moça vira o corredor, o diálogo entre os personagens continua.
PERSONAGEM 2
O que vamos fazer agora?
PERSONAGEM 1
Como assim ?
PERSONAGEM 2
Você sabe.
PERSONAGEM 1
Não ! Nao sei. Por Deus ! Ela mal esfriou.
PERSONAGEM 2
Ora, vamos, não me trate assim. Não me entenda mal. Parece que não me conhece. A dor é tanta. Ninguém poderia substituí-la.
PERSONAGEM 1
Era uma santinha.
PERSONAGEM 2
Era sim.
PERSONAGEM 1
Oh ....
PERSONAGEM 2
Não chore.
PERSONAGEM 2
Você lembrou de lhes pedir para que pintassem as unhas dela de vermelho ?
PERSONAGEM 1
Amor, aceitei a maquiagem e também o vestido decotado. Unhas vermelhas não. Isto continua sendo um velório.
PERSONAGEM 2
Mas de unhas vermelhas ela gostava.
PERSONAGEM 1
Ela sempre fazia as suas vontades.
PERSONAGEM 2
Acho que você a amava mais do que ama a mim.
PERSONAGEM 1
Não é verdade.
PERSONAGEM 2
Não ?
PERSONAGEM 1
Não !
PERSONAGEM 2
Lembra do dia que a conhecemos ?
PERSONAGEM 1
Estava um dia tão bonito.
PERSONAGEM 2
Estava.
PERSONAGEM 1
Quem se apaixonou primeiro ?
PERSONAGEM 2
Pare de bobagem. Isto não é um campeonato.
PERSONAGEM 1
Você sempre implicando comigo !
PERSONAGEM 2
Vi seus olhos brilharem quando ela chegou perto.
PERSONAGEM 1
Também percebi o seu sorriso.
PERSONAGEM 2
Eu gostava do jeito que ela falava de teus olhos.
PERSONAGEM 1
E eu, quando ela comentava sobre suas mãos.
PERSONAGEM 2
Ela contou cada pinta do seu corpo.
PERSONAGEM 1
E do seu também.
PERSONAGEM 2
Aprendeu a cozinhar só para te ver batendo palmas quando a comida chegava à mesa.
PERSONAGEM 1
Você tinha ciúmes.
PERSONAGEM 2
Não sei.
PERSONAGEM 1
Tem ?
PERSONAGEM 2
Pare.
PERSONAGEM 1
Responda.
PERSONAGEM 2
Pare, por favor.
PERSONAGEM 1
Eu a amava e amo você.
PERSONAGEM 2
Eu também te amo e a amava.
PERSONAGEM 1
Acho que nunca dissemos isto um para o outro.
CENA 4
Aparece a moça no corredor da mesma forma da cena inicial. Aproxima dos personagens com o caderno à mão. Encara-os.
M0ÇA
Senhores, o que devo escrever na faixa de condolências ?
CENA 5
Os personagens se entreolham, depois virando-se para a moça dizem em uníssono:
personagens
Nos amamos.
F I M
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