20 abril 2006

ASSISTI E GOSTEI

Fui ontem (19/04/06) assistir ao filme O PLANO PERFEITO, com direção do Spike Lee. A história desse filme foge totalmente do estilo do Spike Lee, mas é um belo filme policial de ação, sem aquelas cenas montadas em computador com explosões e efeitos especiais. Um roteiro muito bem feito, inteligente e rápido, coisa rara no cinema de hoje. Spike Lee é o único diretor que consegue transformar o Denzel Washington e Jodie Foster em ator e atriz. Raras vezes saio satisfeito do cinema onde passam filmes comerciais. Desta vez vi e gostei. Recomendo, pois, àqueles que me visitam.

19 abril 2006

FLASHES DE UMA HISTÓRIA


Na foto a Maria Helena, o José e a Camilinha, ou sejam minha cunhada, meu irmão e minha sobrinha. Eu e o José dormíamos num cômodo rústico construído pelo meu pai no fundo da casa. Era coberto com telhas de amianto, não tinha porta e apenas uma janela de tábuas rústicas. No inverno, como José saía para trabalhar às 4:30 da madrugada, sempre pedia a ele para jogar sobre meu corpo a sua coberta. Só assim conseguia dormir um pouco nessa época do ano. Minha coberta era tão fina e ruim que mal aquecia o corpo, só dormia devido ao cansaço. Certo dia José saiu para trabalhar apressado e esqueceu-se de me cobrir. Acordei logo após sua saída. Fiquei bravo, apanhei a coberta e me cobri. Às 7 da manhã, indo para o trabalho ouço, no rádio, a notícia de que o caminhão que transportava trabalhadores para a Usina onde meu irmão José trabalhava, sofrera um acidente e que havia vários mortos, alguns mutilados. Meu corpo tremeu, deu angústia, pensei no pior. O caminhão que batera era justamente aquele que meu irmão sempre embarcava. Deu desespero, busquei notícias. Mais tarde consegui descobrir que ele nada sofrera, porque mesmo na correria do quarto ele havia perdido o horário e o caminhão havia partido. Chorei de alegria e mais tarde de dor. O pai de uma amiga estava no caminhão e morrera de forma trágica. Teve a cabeça decepada. O José continua aí, como sempre foi, uma pessoa muito humilde, extremamente simples e amável. Amo demais esse "mano véio" e sua prole.

16 abril 2006

A PÁSCOA DO PAULO




Neste domingo de Páscoa, passando pelo centro da cidade de Araraquara vi o rapaz aí do lado sentado. Olhava longe e para lugar nenhum. Estacionei o carro, peguei a máquina e fui pela calçada onde ele estava sentado. A estratégia foi esperar que ele desse o início a uma conversa. Caminhei bem devagar, olhando para ele. Ele sorriu e me pede para pagar um café. Foi a deixa que eu precisava. Propus um acordo: Pagava o café e ele me permitia fotografá-lo. Ele aceitou e aí está o resultado ao custo de um café. Paulo dissem-me que veio de Goiás e que quer voltar para aquele Estado, mas está sem dinheiro. Vive pelas ruas vendendo artesanato, onde raramente há interessados apesar do baixo custo.