Lembro-me que fiquei muto emocionado ao ler Os Sertões, do Euclides da Cunha. Aquela história não me saía da cabeça, até que um dia resolvi visitar Canudos na Bahia, local onde se deu a guerra. Foi uma viagem terrível, mal planejada. Fomos de carro saindo de Pintadas, passamos por Queimadas, Monte Santo e Canudos. Voltamos por Euclides da Cunha. Passado algum tempo comecei procurar outros livros sobre a guerra de Canudos e seus personagens. Encontrei "CANUDOS - Cartas para o Barão", da professora Consuelo Novais Sampaio, depois encontrei num sebo "No Calor da Hora", da professora Walnice Nogueira Galvão, aí consegui também num sebo "Antonio Conselheiro", de Nertan Macedo, encontrei depois, ainda num sebo, "Antonio Conselheiro e Canudos", de Ataliba Nogueira, e mais três encontrados num sebo "Memorial de Vilanova", de Nertan Macedo, "Capitão Jagunço", de Paulo Dantas e "O Episódio de Canudos", de Euclids da Cunha. Finalmente "O Império de Belo Monte - Vida e morte de Canudos", da professora Walnice Nogueira Galvão, Editora Fundação Perseu Abramo. Estou anciosamente aguardando um último que encontrei num sebo da Bahia "No Tempo de Antonio Conselheiro - Figuras e Fatos da Campanha de Canudos", de José Calazans.
Todos os livros encontrados em sebo estão com suas edições esgotadas, sendo alguns tratados como raridade, daí que o preço é muito alto.
Ler sobre Canudos através destes autores é uma deliciosa viagem no tempo. É conhecer um pedaço da nossa história recente que teima em ficar escondida. Quando se começa a ler qualquer um deles é difícil parar, impressionante. Mas não adianta falar, precisa ler para sentir e tentar entender como o exército brasileiro demorou um ano para derrotar uma cidade que sequer possuía armas. E Antonio Conselheiro, o verdadeiro, quem conhece? Só mesmo lendo estes livros, que, aliás, não são os únicos. A foto anexada é para quem quiser conhecer as capas dos livros citados.